Vitor Roque reencontra Flamengo na Libertadores em busca de revanche
Vale a pena? Palmeirenses contam quanto gastaram para ir a Lima ver a final da Libertadores 3:05 Palmeiras e Flamengo se reencontram quatro anos depois em nova decisão continental.
Crédito: Ricardo Magatti | TV Estadão O palco onde Palmeiras e Flamengo decidirão a final da Libertadores neste sábado tem uma história marcada por ousadia, articulações empresariais e um contexto de crise profunda no Peru há 30 anos.
Muito antes de sua inauguração, em 2000, o Monumental de Lima começou a ser desenhado no início da década de 1990, impulsionado pela ambição da diretoria da Universitario de construir uma arena que revolucionasse o esporte no país.
A semente do projeto foi plantada em 1990, durante uma série de amistosos disputados pelo Universitario no Equador, onde havia sido inaugurado o Estádio Catwell, idealizado pelo uruguaio Walter Lavalleja, conforme conta o jornalista e escritor peruano Rubén Marruffo.
Estádio Monumental de Lima recebe a final entre Palmeiras e Flamengo.
Foto: Divulgação/Universitario de Lima
PUBLICIDADE Ele havia implementado um modelo inovador de financiamento: a venda antecipada de camarotes como fonte de recursos para a construção do estádio.
Esse conceito despertou o interesse do médico Jorge Alba, que aproximou Lavalleja do então presidente do Universitario, Jorge Nicolini.
A proposta animou os dirigentes do time peruano, que buscavam um caminho econômico para erguer seu próprio estádio.
Com o modelo de negócio desenhado, o passo seguinte foi encontrar um terreno adequado.
A escolha recaiu sobre uma grande área agrícola localizada em Puruchuco.
As Ruínas de Puruchuco são um importante sítio arqueológico do período pré-inca.
“O Universitario conseguiu firmar um acordo preliminar para compra do terreno por cerca de um milhão de dólares, um valor elevado para a época, especialmente num país que enfrentava inflação e instabilidade social”, conta Rubén Marruffo.
A negociação foi facilitada graças à intervenção do advogado Nicolás Delfino, que mais tarde se tornaria presidente da Federação Peruana de Futebol, e de seu sócio, Max Isola.
“Era uma propriedade agrícola, terras de cultivo, que pertencia à família Isola.
Eles eram donos dessas terras.
Essas terras eram imensas, e a família estava tentando se desfazer delas”, afirma o jornalista peruano.
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Em 18 de janeiro de 1991, foi lançada a pedra fundamental do projeto.
Mas depois disso, o sonho ficou paralisado.
A crise econômica impediu o avanço das obras, e por anos o canteiro permaneceu praticamente abandonado.
Somente no fim de 1993, quando o dirigente Rafael Fernández Stoll articulou uma parceria com a construtora Grenco, o projeto ganhou novo fôlego.
A partir daí, o modelo de financiamento baseado na venda antecipada de camarotes, apresentado por Lavalleja, foi determinante para viabilizar a arena.
Mais do que qualquer outra coisa, foi uma iniciativa pessoal, mais do que qualquer outra coisa que realmente teve apoio econômico.
Rubén Marruffo, jornalista e escritor peruano
Esses camarotes comportam aproximadamente 20 mil torcedores, e é importante para tornar o estádio o segundo maior da América do Sul.
São, no total, 80 mil lugares.
A arena é menor apenas que o Mâs Monumental, casa do River Plate que passou por ampla reforma recentemente e pode receber até 85 mil pessoas.
O local foi construído em um nível de 18 metros abaixo do terreno original, característica que confere imponência ao estádio.
Ao passar próximo dele, distante mais de 15 quilômetros da região central de Lima, é possível ver as chamativas torres de seis andares.
Publicidade PUBLICIDADE “É a obra arquitetônica mais importante da história do esporte peruano e, com muito orgulho, a casa do time mais vitorioso do país”, orgulha-se o Universitario em um material com informações sobre o estádio.
O estádio é motivo de orgulho para o Universitario e também para um brasileiro: Eduardo Isidio, atacante que marcou o primeiro gol da arena, em 2 de julho de 2020, na vitória p
Crédito: Ricardo Magatti | TV Estadão O palco onde Palmeiras e Flamengo decidirão a final da Libertadores neste sábado tem uma história marcada por ousadia, articulações empresariais e um contexto de crise profunda no Peru há 30 anos.
Muito antes de sua inauguração, em 2000, o Monumental de Lima começou a ser desenhado no início da década de 1990, impulsionado pela ambição da diretoria da Universitario de construir uma arena que revolucionasse o esporte no país.
A semente do projeto foi plantada em 1990, durante uma série de amistosos disputados pelo Universitario no Equador, onde havia sido inaugurado o Estádio Catwell, idealizado pelo uruguaio Walter Lavalleja, conforme conta o jornalista e escritor peruano Rubén Marruffo.
Estádio Monumental de Lima recebe a final entre Palmeiras e Flamengo.
Foto: Divulgação/Universitario de Lima

Esse conceito despertou o interesse do médico Jorge Alba, que aproximou Lavalleja do então presidente do Universitario, Jorge Nicolini.
A proposta animou os dirigentes do time peruano, que buscavam um caminho econômico para erguer seu próprio estádio.
Com o modelo de negócio desenhado, o passo seguinte foi encontrar um terreno adequado.
A escolha recaiu sobre uma grande área agrícola localizada em Puruchuco.
As Ruínas de Puruchuco são um importante sítio arqueológico do período pré-inca.
“O Universitario conseguiu firmar um acordo preliminar para compra do terreno por cerca de um milhão de dólares, um valor elevado para a época, especialmente num país que enfrentava inflação e instabilidade social”, conta Rubén Marruffo.
A negociação foi facilitada graças à intervenção do advogado Nicolás Delfino, que mais tarde se tornaria presidente da Federação Peruana de Futebol, e de seu sócio, Max Isola.
“Era uma propriedade agrícola, terras de cultivo, que pertencia à família Isola.
Eles eram donos dessas terras.
Essas terras eram imensas, e a família estava tentando se desfazer delas”, afirma o jornalista peruano.

Mas depois disso, o sonho ficou paralisado.
A crise econômica impediu o avanço das obras, e por anos o canteiro permaneceu praticamente abandonado.
Somente no fim de 1993, quando o dirigente Rafael Fernández Stoll articulou uma parceria com a construtora Grenco, o projeto ganhou novo fôlego.
A partir daí, o modelo de financiamento baseado na venda antecipada de camarotes, apresentado por Lavalleja, foi determinante para viabilizar a arena.
Mais do que qualquer outra coisa, foi uma iniciativa pessoal, mais do que qualquer outra coisa que realmente teve apoio econômico.
Rubén Marruffo, jornalista e escritor peruano

São, no total, 80 mil lugares.
A arena é menor apenas que o Mâs Monumental, casa do River Plate que passou por ampla reforma recentemente e pode receber até 85 mil pessoas.
O local foi construído em um nível de 18 metros abaixo do terreno original, característica que confere imponência ao estádio.
Ao passar próximo dele, distante mais de 15 quilômetros da região central de Lima, é possível ver as chamativas torres de seis andares.
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O estádio é motivo de orgulho para o Universitario e também para um brasileiro: Eduardo Isidio, atacante que marcou o primeiro gol da arena, em 2 de julho de 2020, na vitória p