A declaração do ministro Fernando Haddad sobre a triangulação internacional ligada ao Grupo Fit acende um alerta sobre a sofisticação de esquemas financeiros que lesam o país. O ministro da Fazenda detalhou a complexidade da operação, que envolve paraísos fiscais nos EUA e um grande volume de recursos.

  • Crime organizado usa empresas nos EUA.
  • Esquema envolve empréstimos fraudulentos.
  • Operação da PF mira o Grupo Fit.
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O Que Aconteceu?

Segundo Haddad, o esquema detectado consiste no envio de dinheiro para fundos em Delaware (EUA) através de empréstimos suspeitos. Esses recursos retornam ao Brasil como "investimento lícito", quando, na verdade, a origem é ilícita. Uma verdadeira evasão de divisas.

O ministro enfatizou a necessidade de colaboração com o governo dos EUA para combater essa prática. Ele mencionou que já solicitou ao presidente Lula que o tema seja incluído nas negociações bilaterais com os Estados Unidos, visando coibir o uso de paraísos fiscais para lavagem de dinheiro.

Detalhes da Operação

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A operação da Polícia Federal, que teve como alvo o Grupo Fit (dono da Refit e da refinaria de Manguinhos), investiga crimes como sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em diversos locais, buscando desmantelar a organização.

Haddad mencionou que a última operação identificou R$ 1,2 bilhão remetidos para fundos em Delaware, que retornaram ao Brasil como investimento estrangeiro. A Receita Federal suspeita que os empréstimos realizados para esses fundos jamais serão pagos, configurando uma fraude bilionária.

O ministro ressaltou que a Polícia Federal deverá buscar a recuperação de ativos no exterior, a criminalização de pessoas não residentes e a colaboração da Interpol para combater a triangulação internacional. É um esforço conjunto para desmantelar a operação.

Implicações e Próximos Passos

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Haddad também pediu urgência na aprovação da lei do devedor contumaz pelo Congresso Nacional. Segundo os investigadores, a Refit é o maior devedor contumaz do Brasil, com dívidas que somam aproximadamente R$ 26 bilhões.

"O que esse grupo econômico deixou de pagar aos cofres estaduais [...] é suficiente para custear um ano toda a polícia do Rio de Janeiro", afirmou Haddad, ilustrando a gravidade da situação.

O ministro também defendeu a ampliação da cooperação com os EUA para combater outras práticas ilícitas, como a exportação ilegal de [CONTEUDO REMOVIDO] ao Brasil. O objetivo é fechar o cerco contra o crime organizado e garantir a integridade do sistema financeiro nacional.

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