STF forma maioria para manter prisão preventiva de Jair Bolsonaro
A Primeira Turma do STF forma maioria para manter a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro. A decisão unânime considera a violação de medidas cautelares impostas anteriormente. Veja os principais pontos:
- Prisão mantida por decisão unânime da Primeira Turma do STF.
- Ministros Dino, Zanin e Cármen Lúcia seguiram o voto do relator, Alexandre de Moraes.
- Decisão baseada na violação da tornozeleira eletrônica e descumprimento de medidas cautelares.
- Repercussão internacional, inclusive com manifestações nos EUA.

STF mantém prisão preventiva: entenda a decisão
O STF, por meio da Primeira Turma, decidiu manter a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro. A análise ocorreu no plenário virtual e teve como base a ordem de prisão decretada pelo ministro Alexandre de Moraes. A Polícia Federal apontou que a tornozeleira eletrônica de Bolsonaro foi danificada, configurando violação das medidas cautelares impostas no inquérito que investiga a trama golpista.
Voto do relator Alexandre de Moraes
O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, defendeu a manutenção da prisão. Segundo ele, Bolsonaro é "reiterante" no descumprimento de medidas cautelares e violou a tornozeleira eletrônica de forma "dolosa e conscientemente". Moraes mencionou que o próprio ex-presidente confessou ter mexido no equipamento, evidenciando um "cometimento de falta grave".
Moraes argumentou que essa atitude demonstra um "ostensivo descumprimento da medida cautelar e patente desrespeito à Justiça". O voto do relator foi acompanhado pelos demais ministros da Primeira Turma.
Acompanhamento dos demais ministros
Flávio Dino acompanhou o voto do relator, ressaltando que "a experiência recente demonstra que que grupos mobilizados em torno do condenado, frequentemente atuando de forma descontrolada, podem repetir condutas similares às ocorridas em 8 de janeiro". Cristiano Zanin também acompanhou o entendimento do relator sem adicionar um voto específico. Cármen Lúcia seguiu a mesma linha, sem apresentar um voto adicional.

O julgamento começou às 8h, sem debate oral, com cada ministro registrando seu voto no sistema eletrônico. A rapidez na decisão demonstra a gravidade da situação.
Detalhes da prisão preventiva
A prisão do ex-presidente ocorreu no sábado (22/11) em sua residência no Jardim Botânico, em Brasília. Ele está detido na Superintendência da Polícia Federal, no Setor Policial Sul. A prisão preventiva, sem prazo determinado, foi solicitada pela Polícia Federal e teve o aval da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Motivos da prisão
A prisão preventiva de Bolsonaro não está diretamente ligada à condenação na trama golpista, mas sim à quebra reiterada de medidas cautelares impostas pelo STF. De acordo com os investigadores, o ex-presidente mexeu na tornozeleira eletrônica, violou regras de monitoramento, manteve contatos proibidos e estimulou movimentações políticas mesmo sob restrições.
"É uma pena. Muito ruim." - Donald Trump sobre a prisão de Bolsonaro.
Repercussão internacional
A prisão do ex-presidente gerou repercussões políticas e econômicas, inclusive no cenário internacional. Donald Trump expressou surpresa e lamentou o ocorrido. Christopher Landau, vice-secretário de Estado dos EUA, criticou o ministro Alexandre de Moraes e o Supremo Tribunal Federal, acusando-os de "politizar escancaradamente o processo judicial".
As manifestações internacionais demonstram a atenção global em relação ao caso e suas possíveis consequências para a política brasileira.
Quer ficar por dentro de mais notícias como essa? Siga nossas redes sociais!
