"Era papel da Mesa da Câmara cumprir a decisão judicial.
Houve um erro do presidente Hugo Motta", declarou Lindbergh - (crédito: Foto: Bruno Spada / Câmara dos Deputados) O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), anunciou, nesta quinta-feira (11/12), a apresentação de um mandado de segurança ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para obrigar a Mesa Diretora da Câmara a afastar os deputados Carla Zambelli (PL-SP) e Alexandre Ramagem (PL-RJ).
Segundo ele, há descumprimento explícito de decisões judiciais que determinam a perda temporária do mandato dos dois parlamentares.
Fique por dentro das notícias que importam para você! SIGA O CORREIO BRAZILIENSE NO SIGA O CB NO Siga o canal do Correio no WhatsApp e receba as principais notícias do dia no seu celular O petista criticou a condução do presidente da Câmara, Hugo Mota (Republicanos-PB), e afirmou que a votação que absolveu Zambelli na noite anterior “não deveria sequer ter ocorrido”.
Ele argumenta que a Constituição, no artigo 55, prevê casos em que a Mesa deve aplicar o afastamento automaticamente, sem necessidade de votação em plenário.
“Era papel da Mesa da Câmara cumprir a decisão judicial.
Houve um erro do presidente Hugo Motta”, afirmou.

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Lindbergh sustentou que a manutenção do mandato de parlamentares condenados gera o que chamou de “bancada de foragidos” na Casa e pressiona o Supremo a agir de forma mais dura caso a Câmara siga sem cumprir decisões.
Para ele, o prolongamento do impasse poderá levar à responsabilização do presidente da Câmara por crime de responsabilidade.
“Se ele não cumprir a decisão judicial, estará prevaricando”, disse.
O líder também avaliou o impacto político das votações mais recentes na Casa, incluindo a derrota da cassação do deputado Glauber Braga (PSol-RJ).
Para Lindbergh, o resultado representou uma vitória do governo de Luiz Inácio Lula da Silva e mostrou desgaste na aliança entre parte do Centrão e o bolsonarismo.
Ele relatou que a estratégia do PT foi “reduzir o enfrentamento direto” e buscar votos entre partidos independentes.
“Foi uma vitória política importante, quase do tamanho da vitória na PEC da blindagem”, avaliou.
Leia também: Heloísa Helena retorna ao Congresso após 18 anos para assumir vaga de Glauber Braga Ao comentar a crise interna na Câmara, o petista afirmou que a presidência de Hugo Mota tem apresentado “decisões erráticas”, sem diálogo prévio e com pautas-surpresa.
Segundo ele, esse cenário afeta a governabilidade e prejudica a agenda econômica, especialmente a votação dos benefícios tributários necessários para fechar o Orçamento de 2026.
“Se esse projeto não for votado, haverá contingenciamento, inclusive de emendas”, alertou.
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Lindbergh também voltou a defender a versão do Senado para o PL Antifacção, relatado por Alessandro Vieira (MDB-SE), que inclui tributação sobre as bets para financiar a segurança pública.
Ele criticou resistências na Câmara e afirmou que o lobby do setor tenta impedir a votação.
“Colocado em plenário, tenho certeza de que as bets serão derrotadas”, disse.
O parlamentar encerrou a coletiva reforçando que o foco imediato é pressionar a Mesa da Câmara a cumprir a decisão judicial sobre Zambelli e Ramagem.

Compartilhe essa matéria: Link copiado! O ministro Alexandre de Moraes, do STF, decretou, nesta quinta, a perda do mandato da deputada Carla Zambelli.

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A decisão foi proferida após a Câmara rejeitar a cassação da parlamentar na noite desta quarta-feira, quando o plenário não atingiu o número suficiente de votos para tirar o mandato da bolsonarista, que foi condenada pelo STF e está presa na Itália.
Além da perda do mandato, Moraes determinou que o presidente da Câmara, Hugo Motta, efetive a posse do suplente da deputada agora cassada em até 48 horas.
O ministro também solicitou a Flávio Dino, presidente da Primeira Turma, que convoque o Plenário Virtual do colegiado para referendar sua decisão nesta sexta-feira, entre 11h e 18h.
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