O PSOL acionou a Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o senador Flávio Bolsonaro após a convocação de uma vigília em prol da saúde de Jair Bolsonaro. A ação do partido levanta sérias questões sobre a legalidade da conduta do senador. Veja os pontos principais:

  • Pedido de investigação por incitação ao crime e obstrução de justiça.
  • Alegada tentativa de facilitar fuga do ex-presidente.
  • Convocação da vigília vista como manobra para tumultuar o processo.

PSOL pede investigação de Flávio Bolsonaro na PGR

A bancada do PSOL na Câmara dos Deputados formalizou, neste sábado, uma representação na PGR (Procurador-Geral da República) contra o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). O motivo? A convocação de uma "vigília" em prol da saúde do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Imagem inserida automaticamente

Segundo o partido, a ação do senador pode configurar uma série de crimes, incluindo incitação ao crime e obstrução de justiça. A convocação, realizada via redes sociais, gerou controvérsia e acusações de que visava tumultuar o processo legal contra o ex-presidente.

Entenda as acusações

Os deputados do PSOL argumentam que a convocação da vigília teve como objetivo utilizar apoiadores para "facilitar fuga, bem como aglomeração e tumulto no local de cumprimento da medida cautelar, com potencial objetivo de obstruir ou dificultar a atuação da Polícia Federal e da Polícia Penal do Distrito Federal".

A representação pede a investigação de Flávio Bolsonaro por:

  • Possível incitação ao crime.
  • Obstrução de justiça ou atos que visem impedir o processamento de organização criminosa.
  • Imagem inserida automaticamente
  • Atos atentatórios ao Estado Democrático de Direito.
  • Promoção ou facilitação de fuga de quem esteja sob medida de segurança detentiva.

O PSOL também alega a "reiterada participação ou colaboração com organização criminosa", baseando-se no histórico de mobilização de apoiadores para criar tumultos com objetivos políticos e pessoais.

Repercussão e defesa

A vigília, realizada no sábado, contou com a presença de apoiadores e gerou momentos de tensão. Flávio Bolsonaro declarou que o ato não era político, mas religioso, buscando desvincular a ação de qualquer intenção de obstruir a justiça.

Contudo, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, já havia citado a convocação da vigília como um dos motivos para a prisão preventiva de Jair Bolsonaro, considerando-a uma "convocação de manifestantes disfarçada de 'vigília' pela saúde do réu".

Imagem inserida automaticamente
"Nos resta a fé." - Flávio Bolsonaro durante a vigília.

Em meio a essa polêmica, um episódio inusitado marcou a vigília: um homem, identificado como pastor, discursou a favor da prisão de Bolsonaro, gerando tumulto e agressões.

A situação levanta debates sobre os limites da liberdade de expressão e o uso de eventos religiosos com fins políticos. Resta aguardar o posicionamento da PGR sobre a representação do PSOL e o desenrolar das investigações.

Quer saber mais sobre o caso e seus desdobramentos? Acompanhe nossas atualizações para ficar por dentro de tudo!