A Polícia Civil de São Paulo deflagrou, nessa quarta-feira (4/12), a Operação Falso Mercúrio, uma ação de grande porte contra uma rede de lavagem de dinheiro ligada ao Primeiro Comando da Capital (PCC).
 A ação é resultado de meses de investigação conduzida pela 3ª Delegacia de Investigações Gerais (DIG), do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), que identificou uma complexa estrutura destinada a movimentar capitais provenientes de diversos crimes, como tráfico de drogas, estelionato e jogos de azar.
Ao todo, cerca de 100 policiais civis participaram do cumprimento de 54 medidas judiciais, incluindo mandados de prisão, busca e apreensão e ordens de bloqueio patrimonial e financeiro.
Segundo a investigação, o grupo atuava em três núcleos funcionais, que se dividiam em principais, coletores e beneficiários finais, cada um com tarefas específicas dentro da engrenagem criminosa.
A apuração aponta que a organização prestava um verdadeiro “serviço financeiro” ao PCC, permitindo a ocultação e a dissimulação de valores em larga escala.
Lavagem de dinheiro sofisticada As investigações apontam para um esquema altamente profissionalizado, sustentado por empresas de fachada, movimentações bancárias pulverizadas e operações patrimoniais destinadas a maquiar a origem do dinheiro.
A rede permitia ao PCC lavar recursos obtidos com crimes diversos, reinserindo o capital no sistema financeiro com aparente legalidade.

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Além disso, os investigados utilizavam mecanismos para driblar controles automatizados dos órgãos de fiscalização, criando um circuito financeiro paralelo que dificultava o rastreamento dos valores.
Balanço da Operação Falso Mercúrio A ação resultou em um dos maiores bloqueios patrimoniais já realizados pela unidade: Medidas cautelares cumpridas Seis mandados de prisão 48 mandados de busca e apreensão Sequestro patrimonial 49 imóveis
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Três embarcações Bloqueio financeiro 57 contas bancárias 20 pessoas físicas e 37 pessoas jurídicas atingidas Restrição sobre veículos 257 veículos bloqueados 44 pessoas físicas e 213 pessoas jurídicas afetadas Os valores totais envolvidos na operação não foram divulgados, mas os bloqueios e sequestros sugerem um volume milionário de ativos.
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Ligação direta com o PCC A apuração identificou indícios consistentes de que a estrutura financeira desmontada funcionava a serviço do Primeiro Comando da Capital (PCC).
A facção utilizava o grupo para “terceirizar” a lavagem de dinheiro, de forma a reduzir o risco de exposição direta de seus integrantes e ampliar o volume de recursos movimentados.
A investigação aponta que a rede beneficiava desde operadores intermediários até integrantes de alto escalão da organização criminosa.

A Polícia Civil de São Paulo realiza nesta quinta-feira (4) a Operação Falso Mercúrio contra uma organização que prestava serviços de lavagem de dinheiro a uma facção criminosa.
A ação liderada pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) cumpre 54 mandados judiciais, sendo seis de prisão e 48 de busca e apreensão na capital paulista e na Grande São Paulo.
A pedido dos investigadores, a Justiça determinou o sequestro de 49 imóveis, de três embarcações e 257 veículos em nome dos investigados.
Pelo menos 20 pessoas físicas e outras 37 jurídicas tiveram as contas bloqueadas.
Segundo as investigações da 3ª Delegacia de Investigações Gerais (DIG), os criminosos montaram uma estrutura sofisticada de lavagem de dinheiro proveniente de crimes como tráfico de drogas, estelionato e jogos de azar.
Há indícios que essa rede tenha ligação direta com uma facção criminosa amplamente conhecida no estado.
Justiça determinou o sequestro de 49 imóveis.
Foto: SSP Essa rede operava com três núcleos principais: coletores, responsáveis por arrecadar os valores ilícitos; intermediários, encarregados de movimentar e ocultar os recursos; e beneficiários finais, que recebiam o dinheiro já legitimado.
Cada um com funções distintas e estrutur