Leite e Zema divergem sobre prisão preventiva de Bolsonaro
A prisão preventiva de Bolsonaro divide opiniões, inclusive entre governadores. Eduardo Leite (RS) e Romeu Zema (MG) expressaram visões distintas sobre a medida, tomada após o ex-presidente supostamente tentar manipular sua tornozeleira eletrônica.
- Leite: Justifica a prisão pela tentativa de violação da tornozeleira.
- Zema: Vê perseguição política na rapidez da decisão.
- Decisão: Foi decretada por Alexandre de Moraes, a pedido da PF.
Governadores em lados opostos

Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul, declarou que, do ponto de vista técnico-jurídico, a tentativa de violação da tornozeleira justifica a prisão. Ele, contudo, lamentou o momento de "tensionamento e polarização radicalizada".
Leite criticou a postura da "direita mais radicalizada, capitaneada por Bolsonaro", afirmando que o grupo nunca buscou construir um Estado mais eficiente, mas sim destruir o adversário político. Suas declarações foram dadas em um jantar promovido pelo Grupo Voto em São Paulo.
Já Romeu Zema, governador de Minas Gerais, reafirmou suas críticas à prisão preventiva. Ele, que também é pré-candidato à Presidência, acredita que há indícios de perseguição política contra o ex-presidente. Zema já havia manifestado sua opinião sobre o caso nas redes sociais.
A visão de Zema sobre o caso
"Hoje, quando um detento está usando tornozeleira eletrônica e rompe, ele precisa de um mandado de prisão que muitas vezes leva meses para ser expedido. E me parece que nesse caso foi muito mais rápido. Então, mais um sinal de que há perseguição política", argumentou Zema.
O governador mineiro também minimizou a atitude de Bolsonaro, afirmando que ele foi levado a violar a tornozeleira por estar vivendo uma "situação extrema" e negou que tenha havido tentativa de fuga.
"Em hora alguma, e nós temos de deixar isso claro, ele tentou fugir. Até me parece um excesso."
O que aconteceu com Bolsonaro?
Bolsonaro foi preso na superintendência da Polícia Federal, em Brasília, por determinação do ministro Alexandre de Moraes. No domingo, ele recebeu a visita da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
Segundo relatos, o ex-presidente se mostrou abalado com a prisão e pediu a união da bancada do PL para definir os próximos passos do partido. Ele também pregou a coordenação de estratégias e destacou a importância de um canal de comunicação unificado entre seus aliados.
O futuro político e a oposição
A prisão de Bolsonaro, como apontam analistas, mergulhou a oposição em um momento de desordem, evidenciando a falta de articulação entre seus aliados. Este cenário pode influenciar as eleições de 2026.
O PSD, partido de Eduardo Leite, possui duas pré-candidaturas à Presidência: Ratinho Junior (PR) e o próprio Leite. Zema também se apresenta como pré-candidato pelo Novo.
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