O senador Flávio Bolsonaro (PL-SP) culpou o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela péssima reação do mercado financeiro após o anúncio da candidatura dele à presidência em 2026.
“Não é que o mercado reage mal, o mercado entende, como eu também entendo, que o Brasil não aguenta mais quatro anos de governo (Lula), o mercado está preocupado”, argumentou o senador, ao desembarcar em Brasília, na noite dessa sexta-feira (5/12).
No começo da tarde dessa sexta-feira, o Metrópoles adiantou, na coluna do Paulo Cappelli, que Jair Bolsonaro escolheu Flávio para disputar à presidência nas eleições de 2026.
O mercado reagiu mal à notícia e o “efeito Flávio Bolsonaro” fez o Ibovespa, o principal índice da Bolsa brasileira (B3), cair 4,31%, aos 157.
369,36 pontos — o pior resultado desde fevereiro de 2021.
Já o dólar disparou nesta sexta-feira.
A moeda americana subiu 2,31%, cotada a R$ 5,43, o maior valor desde 16 de outubro.

“O mercado não esperava esse movimento e reagiu de forma imediata, praticamente descolando o Brasil do restante do mundo, onde as bolsas seguiam em alta moderada”, diz Christian Iarussi, economista da The Hill Capital.
“A leitura dominante é que esse anúncio esvazia a expectativa, antes bastante presente entre investidores, de que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), pudesse se consolidar como uma alternativa competitiva ao atual governo em 2026.
” Antes de embarcar para Brasília, o senador Flávio Bolsonaro conversou com o Metrópoles no saguão do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, e comentou sobre a reação do mercado financeiro.
“Eu sei da preferência de alguns do mercado, mas o que eu tenho que falar para todos é que fiquem muito tranquilos.
Porque certamente o programa econômico que a gente vai propor para o nosso país vai ser exatamente aquilo que é melhor, não para o mercado, melhor para o povo brasileiro, mas com muita previsibilidade, com muita estabilidade e com pessoas muito sérias ao nosso lado no campo da política”, afirmou.
Flávio na corrida pelo Planalto em 2026 Flávio Bolsonaro anunciou, nesta sexta, que foi oficialmente escolhido pelo pai para concorrer ao Palácio do Planalto representando o bolsonarismo.
Em mensagem nas redes sociais, o senador afirmou receber a indicação com “grande responsabilidade” e destacou Jair Bolsonaro como “a maior liderança política e moral do Brasil”.
Ele também disse que pretende dar continuidade ao “projeto de nação” iniciado pelo ex-presidente.
A escolha de Flávio marca a primeira vez em que Jair Bolsonaro, atualmente preso na carceragem da Polícia Federal em Brasília, declara abertamente a intenção de lançar um integrante da família ao Planalto.
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1 de 3 Jair Bolsonaro e Flávio Bolsonaro Fábio Vieira/Metrópoles 2 de 3 Flávio Bolsonaro Tércio Teixeira/Metrópoles — @tercioteixeira1 3 de 3 Bolsonaro e Flávio Reprodução/Redes sociais Nas avaliações internas do PL, o ex-presidente considera que o filho pode fortalecer sua posição à medida que assumir o papel de pré-candidato, com viagens pelo país e articulações com aliados.
Flávio conta ainda com o apoio de governadores alinhados ao bolsonarismo, como Tarcísio de Freitas (Republicanos), em São Paulo, e Cláudio Castro (PL), no Rio de Janeiro.
A expectativa no partido é que o senador sirva como ponto de união da legenda e mantenha mobilizada a base política construída pelo pai nos últimos anos.

Timing do anúncio foi influenciado por declarações da centro-direita; Ciro Nogueira disse ao Poder360 que Tarcísio e Ratinho unificariam o campo conservador Anunciado nesta 6ª feira (5.
dez.
2025) como o nome escolhido por Jair Bolsonaro (PL) para disputar a Presidência em 2026, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) foi definido por atributos como frieza, racionalidade e habilidade política –algo que o diferencia de seus irmãos e de seu pai.
A decisão começou a ser alinhada em outubro, durante a viagem de Flávio aos Estados Unidos para visitar o irmão