Escalação do Flamengo: como Filipe Luís deve montar o time contra o Ceará
Depois de faturar a Libertadores no sábado, o Flamengo pode vencer o Brasileirão 2025 nesta quarta-feira, 3.
Basta ao time rubro-negro uma vitória simples contra o Ceará, no Maracanã, para soltar o grito de campeão.
O troféu vai representar o oitavo título do clube na competição, mas há quem também defenda se tratar do nono.
A discussão tem a ver com o campeonato nacional de 1987 e, apesar de resoluções, da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), o assunto até hoje causa divergência entre os torcedores.
PUBLICIDADE Segundo o livro 1987 – De fato, de Direito e de Cabeça, de André Gallindo e Cassio Zirpoli, a CBF atravessava grave crise financeira e institucional na década de 1980.
Os problemas começaram ainda em 1979, com o fim da Confederação Brasileira de Desportos (CBD) e a disputa de poder na nova entidade, criada para gerir somente o futebol nacional.
Os clubes, sob a liderança de Francisco Horta, então presidente do Fluminense, viram uma oportunidade de organizar o Campeonato Brasileiro e torná-lo rentável.
Foi neste contexto que nasceu a União dos Grandes Clubes do Futebol Brasileiro, popularmente conhecida como “Clube dos 13”, formado pelas equipes mais bem posicionadas no ranking da CBF: Atlético-MG, Bahia, Botafogo, Corinthians, Cruzeiro, Flamengo, Fluminense, Grêmio, Internacional, Palmeiras, Santos, São Paulo e Vasco.

Foto: Arquivo / AE A falta de critérios técnicos para a formulação do Clube dos 13 e a exclusão de times de menor expressão, como o Guarani e América-RJ — vice-campeão e semifinalista de 1986, respectivamente —gerou polêmica.
A CBF tentou chegar a um acordo para o número de times na competição chegar a 32, mas o campeonato teve 16 times (com a adição de Coritiba, Goiás e Santa Cruz) e foi denominado Módulo Verde.

O campeonato foi denominado Módulo Amarelo: América-RJ, Atlético-GO, Athletico-PR, Bangu, CSA, Ceará, Criciúma, Guarani, Internacional de Limeira, Joinville, Náutico, Portuguesa, Rio Branco-ES, Sport, Treze-PB e Vitória.
Na reunião que determinou as regras do campeonato, ficou acordado entre as partes que um quadrangular seria disputado entre os dois melhores times de cada módulo para definir o campeão.

Os times foram representados na reunião por Eurico Miranda.
“Se a CBF não autoriza, a Fifa não reconhecia.
E não ia ter a competição.
Todos os presidentes que integravam o Clube dos 13 sabiam, todos.
Aceitei o cruzamento, viabilizei a competição.
Como eu acho que o mais importante era a disputa da competição, eu concordei em se disputar e que tivesse o cruzamento.
Se eu não aceitasse, a Copa União não teria valor, seria uma competição pirata”, disse Eurico aos demais membros, segundo o livro 1987 – De fato, de Direito e de Cabeça Urubu de um lado, leão do outro No Módulo Verde, também intitulado “Copa União”, foi divulgado ao longo do ano como o verdadeiro “Campeonato Brasileiro de 1987″ pelos torcedores e clubes participantes.
Internacional e Flamengo chegaram à decisão, mas se recusaram a entrar em campo para o quadrangular final, sob pretexto de que o campeonato nacional já havia sido decidido entre os rivais mais fortes do País (o Flamengo venceu o Internacional por 1 a 0 no Maracanã na final do Módulo Verde).
No Amarelo, Guarani e Sport seguiram o regulamento estabelecido pela CBF ao início da competição e se enfrentaram no quadrangular final após entrar em acordo em relação à divisão da conquista — os times empataram por 11 a 11 nos pênaltis do Módulo.
Quatro jogos do quadrangular não foram disputados e Sport e Guarani voltaram a campo em 7 de fevereiro de 1988 para decidir o t