Cruz Azul x Flamengo: horário e onde assistir ao jogo da Copa Intercontinental
O Flamengo estreia na competição nesta quarta-feira, 10 de dezembro, às 14h (de Brasília), contra o Cruz Azul (1:02)
Bom desempenho? Veja como foram todas as estreias do Flamengo na Copa Intercontinental (1:02)
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Em sua estreia na Copa Intercontinental, o Flamengo terá pela frente o Cruz Azul, em duelo marcado para esta quarta-feira (10), às 14h (de Brasília), no Qatar.
O confronto volta a trazer à tona o poderio da liga mexicana, que consolidou-se como uma das competições mais ricas e atrativas das Américas — um cenário sustentado por cifras bilionárias, investimentos estrangeiros e uma governança que vive processo acelerado de modernização.
Segundo dados da plataforma El Míster, os clubes mexicanos atingiram, na última temporada, quase US$ 3 bilhões em valor de mercado somado, patamar que se reflete diretamente na capacidade de contratação.
Em 2023, a liga foi a segunda mais bem paga do continente, atrás apenas do Brasileirão, com salário médio anual de US$ 402 mil (R$ 2,2 milhões), segundo a Fifa.

O Cruz Azul, rival do Flamengo na Intercontinental, figura no meio da tabela, com elenco estimado em 82 milhões de euros (R$ 508 milhões), conforme dados do Transfermarkt.
Ainda assim, demonstra a força que o mercado mexicano exerce não só sobre o continente, mas também sobre outras ligas.
A Liga MX é majoritariamente formada por clubes privados, com forte presença de grandes conglomerados empresariais.
A consequência é visível: mais de 250 estrangeiros atuam hoje no campeonato — mais que o dobro do número presente no Brasileirão.
O Cruz Azul simboliza bem esse perfil multicultural.
O elenco que enfrenta o Flamengo tem argentinos, uruguaios, colombianos e mexicanos, além de investimentos robustos.
Em 2024, o clube realizou a quarta maior contratação de sua história: o meia José Paradela, ex-Necaxa, por 10 milhões de euros (R$ 62 milhões).
Mas também perdeu nomes relevantes, como o grego Giakoumakis, que rumou ao PAOK, ex-clube de Abel Ferreira.
A movimentação não se restringe ao continente.
Nos últimos anos, a Liga MX recebeu atletas diretamente da Premier League, como por exemplo o zagueiro Samir, ex-Flamengo, que deixou o Watford em 2022 para reforçar o Tigres.
Léo Bonatini, revelado pelo Cruzeiro, saiu do Wolverhampton no mesmo ano para o Atlético San Luis.

“O futebol sempre foi o esporte mais popular no México, e a economia do país cresceu muito.
Além disso, muitos mexicanos enriqueceram nos Estados Unidos, gerando grande audiência por lá.
Os clubes são administrados de forma profissional há bastante tempo e são reconhecidos mundialmente como bons pagadores”, explica Renato Martinez, vice-presidente da Roc Nation Sports.
Messi em cena, mesmo que indiretamente Cruz Azul representa a América do Norte na Copa Intercontinental Montagem/ESPN/Getty Images
A Leagues Cup, torneio que reúne equipes dos EUA e do México, ganhou visibilidade global e expandiu as receitas de ambos os mercados.
“A Leagues Cup coloca em evidência clubes americanos e mexicanos.
Essa integração torna tanto a Liga MX quanto a MLS mais competitivas”, destaca Martinez.
O torneio reúne 47 equipes — entre elas os campeões de MLS e Liga MX —, e foi palco da primeira competição “internacional” de Messi no futebol norte-americano.
A sinergia comercial entre México e EUA, somada ao poder de consumo da comunidade mexicana em território americano, ajuda a explodir a audiência e o interesse de marcas.
“É um mercado robusto, organizado e com profissionais de alto nível.
Trabalhar com moeda americana também faz difer