A Câmara dos Deputados informou neste domingo (14) que a deputada Carla Zambelli (PL-SP) renunciou ao mandato.
A comunicação foi enviada à Mesa Diretora da Casa.
Com a renúncia, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), deve dar posse nesta segunda-feira (15) ao suplente da parlamentar, Adilson Barroso (PL-SP).
Zambelli deixa o mandato dois dias após Supremo Tribunal Federal (STF) confirmar a cassação imediata do mandato dela.
Na sexta-feira (12), a Primeira Turma do Supremo confirmou, por unanimidade, a decisão do ministro Alexandre de Moraes que anulou a votação da Câmara dos Deputados que rejeitou a cassação e manteve o mandato da deputada.

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Na última quarta-feira (10), a Câmara decidiu manter o mandato de Carla Zambelli pelo placar de 227 votos a favor e 110 contra.
Eram necessários 257 votos para aprovação da cassação.
Diante da deliberação que manteve o mandato da parlamentar, Alexandre de Moraes decidiu anular a resolução da Casa que oficializou o resultado da votação.
O ministro disse que a decisão é inconstitucional.
No entendimento de Moraes, a Constituição definiu que cabe ao Poder Judiciário determinar a perda do mandato de parlamentar condenado por decisão transitada em julgado, cabendo à Câmara somente “declarar a perda do mandato”.
Fuga
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Em julho deste ano, Zambelli foi presa em Roma, na Itália, onde tentava escapar do cumprimento de um mandado de prisão emitido pelo ministro Alexandre de Moraes.
Por ter dupla cidadania, a deputada deixou o Brasil em busca de asilo político em terras italianas após ser condenada pelo STF a 10 anos de prisão pela invasão ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2023.
A decisão final sobre o processo de extradição feito pelo governo brasileiro será tomada em audiência da Justiça italiana na próxima quinta-feira (18).

Compartilhe essa matéria: Link copiado! Poupada pelos deputados, mas condenada pelo Supremo Tribunal Federal, Carla Zambelli (PL-SP), presa desde julho na Itália, informou em um ofício à Câmara neste domingo, 14, que renuncia ao seu mandato parlamentar.
Com isso, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, determinou a convocação do suplente da chapa, o deputado Adilson Barroso (PL/SP), para assumir a sua cadeira, de acordo com nota divulgada pela assessoria da Câmara nesta tarde.

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A renúncia de Zambelli vem depois da decisão do STF, na sexta-feira, que reiterou a cassação da deputada e deu um prazo de até 48 horas para que Motta concluísse a posse do suplente.
Zambelli tem duas condenações criminais: uma por coordenar e financiar uma invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e outra por perseguir à mão armada, pelas ruas dos Jardins, bairro paulistano, um homem às vésperas das eleições de 2022.
Zambelli deixou o Brasil em junho, numa tentativa de se esquivar das punições, e está oficialmente presa na Itália desde julho.
A pena passa de 10 anos de prisão e deveria, por lei, levar a Câmara a sustar o seu mandato parlamentar.
Na votação encerrada na madrugada da quinta-feira 11, contudo, os deputados rejeitaram a cassação.
Em uma sessão marcada por muitas ausências, 227 parlamentares votaram a favor – 30 a menos do que os 257 votos necessários para que a perda de mandato fosse decretada.
Outros 170 deputados votaram contra e dez se abstiveram.
O assunto retornou então ao STF, que manteve a cassação e exigiu de Motta a efetivação da perda do mandato ainda neste fim de semana.

Sóstenes Cavalcante afirmou que a decisão foi estratégica: "quem entende o jogo institucional, sobrevive a ele" O líder do PL (Partido Liberal) na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), usou as redes sociais neste domingo (14) para comentar a decisão da agora ex-deputada Carla Zambelli (PL-SP) de renunciar ao mandato.
“Foi uma decisão estratégica diante de uma decisão vergonhosa do STF, que ignorou o devido processo legal e avançou sobre as garantias constitucionais básicas”.
Segundo o líder, ao renunciar ante